Dos três projetos analisados pelo grupo em atenção
à tarefa proposta, o que obteve melhores
resultados foi o Projeto Radar, Ronda de Amparo ao Adolescente na Rua. Esse trabalho
é desenvolvido pelo CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência
Social) . O programa é atendido por educadores sociais que trabalham nas ruas
da cidade, abordando crianças e adolescentes. Atualmente são em quatro pessoas,
trabalhando de 2a. a 5a. feira das 09 às 21h, sendo que 6a. feira, sábado e
domingo trabalham até a meia noite, em sistema de turno. Destes quatro, dois
deles têm nível universitário e dois até o ensino médio, porém têm perfil para
trabalhar com crianças e adolescentes, moradores de rua ou não, recebendo capacitação
quando são admitidos. Os quatro funcionários, os Educadores de Rua - (ER), têm reunião toda terça-feira na entidade,
coordenada pela Assistente Social (A.S). Os ER promovem para as crianças e
adolescentes que estão nas ruas, inclusão em programas sociais, reintegração
familiar, ao mesmo tempo em que fazem um cadastro utilizado para controle e
visitas domiciliares (ANEXO 1). Assim, com o endereço já cadastrado, a A.S. vai
até as respectivas famílias, com o
objetivo de orientá-las em relação à criança ou ao adolescente, inclusive providenciando
para que recebam ajuda alimentar e inserção em programas sociais para a família.
Atualmente, diante de todo o trabalho, são apenas 5 menores que ainda estão nas
ruas e alguns adolescentes que não tiveram esse trabalho quando eram crianças e
moravam nas ruas.
Os
Educadores de Rua não têm um local fixo de trabalho, eles devem estar sempre
onde existe maior evidência de crianças e adolescentes em situação de risco.
Entretanto, alguns locais são conhecidos como o foco dessa população, tais como
rodoviária, praça perto do cemitério, região central e próximo a praças,
supermercados em que há muitos carros estacionados. Esses locais são os mais
atendidos, entre outros, que a própria assistente social se comunica com o ER
para fazer aquele trajeto ou quando é informada ou sabe de algum caso para tais
providências.
A
estrutura para desenvolver o trabalho de ER é dada desde capacitações em cursos
apropriados, apoio da coordenação, do juizado, dos conselhos, até o vale
tansporte ou condução para locomoção de um local para outro. A exigência é ter
perfil para o trabalho, passando pelo crivo da A.S. Existe um relatório semanal
de produção de serviço e anotações e o fechamento mensal feito pela A.S. do
CREAS.
Para
a elaboração desta tarefa foi feita uma entrevista com a A.S. do CREAS em 19.07.2013 às 10 horas, em Itapetininga. A
seguir minicurrículo:
Nome da
entrevistada: Clélia Ramos da Silva
Graduação:
Assistência Social
Formação:
Serviço Social
Trabalhou
de 2002 a 2008 no Projeto Caju (Cantinho da Juventude), atualmente o projeto
não existe mais, tendo sido transformado em CREAS 1 e 2
Ela foi a
primeira pessoa a trabalhar com a aplicação de medidas sócio educativas no
Município.
Os 04
monitores trabalham dia e noite todos os dias em sistema de escala.
Formação
dos monitores:
- Educação Física e atualmente cursando
Assistência Social;
- Administração;
- 2 Ensino Médio.
Abordagem
feita pelos ER para os menores:
-
Diálogo;
- É feito
relatório uma vez por semana para a gestora do projeto;
- Feita
visita familiar;
-
Orientações, aconselhamentos e acompanhamento;
- Se o(a)
menor continuar nas ruas, o Conselho Tutelar é oficiado para que sejam tomadas
as medidas cabíveis ou até o juizado de menores.
Estrutura
fornecida aos monitores:
- Telefones
celulares;
- Carro;
- Vale
transporte, inclusive para pessoas oriundas de outros municípios.
Escolha
dos Monitores:
-
Atualmente 2 são concursados e dois contratados pelo regime da CLT.
Opinião
da Clélia - AS que coordena o trabalho de ER sobre o perfil de um Gestor:
-
Compromisso com o trabalho;
-
Conhecimento do público a ser trabalhado;
- Pessoas
realmente dedicadas ao trabalho;
- Contratos
feitos pela CLT ou terceirizados (acrescentou que dessa forma, se não servir ou
não cumprir com o trabalho é possível
dispensar)
PERFIL
DO GESTOR
Disponível em
http://vpmo.wordpress.com/2009/07/12/as-caracteristicas-do-gestor/, consulta
feita em 17.07.2013.
De acordo com consulta feita, as características do
gestor sob o modelo tradicional são: desempenho de funções, habilidades e
competências, enquanto que para Araujo (2004), “as funções do gestor foram
delimitadas em: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Já para
Granja (Apostila do Curso, 2010) as características estão divididas em dois
tópicos, sendo tarefas e habilidades, a seguir:
a) Tarefas:
gerir conflitos, focar resultados e público alvo, estimular a
cooperação, negociar aspectos relativos ao projeto, transparência, motivar a sí
e aos outros, comprometimento, liderança eficiente, delegar e responsabilizar,
relações de trabalho com flexibilidade, empoderamento, atualização e
qualificação em geral, parcerias, empreendedorismo, criatividade, inovação e
mudanças.
b) Habilidades: negociação, solução de problemas, comunicabilidade,
liderança, capacidade de influenciar, experiência, buscar parcerias, bom relacionamento interno
e externo e capacidade de decisão.
Opinião
do Grupo sobre perfil do Gestor:
Nesse mesmo sentido, respondendo a tarefa, o grupo
chegou a conclusão de que o Gestor deve ter uma formação
condizente com a função que vai exercer, conhecimento de público interno e
externo, comprometimento, capacidade de
liderança e de gerir conflitos, saber planejar, executar, controlar, ser
criativo, motivado e motivador, elencar prioridades, cumprir com seus deveres de trabalhador,
cidadão, de uma pessoa correta, honestidade
e acima de tudo gostar, valorizar e respeitar aquilo que faz.
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