domingo, 27 de janeiro de 2013

Questionário 4 - Planejamento Estratégico Governamental

1 - O que são os Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (CONSADs)? Comente também quantos CONSADs existem no Brasil, como estão distribuídos regionalmente e, analise particularmente, os CONSADs localizados no Paraná em termos de quantidade, distribuição por cidade e resultados que estão obtendo na região dado os seus objetivos. Acesse o site www.mds.gov.br para obter estas informações.

R: O Consórcio Nacional de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local - CONSAD é um arranjo territorial institucionalmente formalizado envolvendo um número definido de Municípios que se agrupam para desenvolver ações, diagnósticos e projetos de segurança alimentar e nutricional e desenvolvimento local, gerando trabalho e renda.
no Brasil 40 territórios, englobando 585 municípios e uma população de mais de 11 milhões de habitantes. O objetivo desses territórios é fortalecer e ampliar as ações de segurança alimentar e desenvolvimento local
CONSAD – REGIÃO NORTE – 07

CONSAD – REGIÃO NORDESTE – 12

CONSAD – REGIÃO CENTRO-OESTE – 05

CONSAD – REGIÃO SUDESTE – 08

CONSAD – REGIÃO SUL – 08

 


2 - Pesquise no site do IBGE e utilize o livro da Maria Paula Gomes dos Santos para explicar o que se entende por trabalho precário e desemprego estrutural. Posterior, comente tais significados no atual contexto do mercado de trabalho brasileiro.
R: desemprego estrutural - resulta das mudanças das estruturas da economia, ocorre quando o numero de desempregados é superior ao número de colaboradores que o mercado quer contratar, o desemprego causado pelas novas tecnologias como a robótica e informática recebe o nome de desemprego estrutural, pois ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção.
Trabalho precário_ trabalho escravo segundo a pesquisa pnad do IBGE para o ano 2004 mais da metade dos 85 milhões de brasileiros concluíram o 1º grau, não contribuíam com a previdência adicionalmente mais um terço dos ocupados são obrigados a realizar sobre trabalhos acumulando horas extras, riscos de doenças e acidentes de trabalho.

3 - Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as políticas de Mercado de Trabalho podem ser passivas e ativas. Apresente, pelo menos, um tipo de política passiva e outro de ativa existente no Mercado de Trabalho Brasileiro.
R: Podem ser citadas como políticas passivas - seguro desemprego, programa de antecipação de aposentadorias especialmente no hemisfério norte, enquanto que as ativas, são os programas de qualificação de mão de obra cujo propósito é adequar a oferta de trabalho disponível às novas necessidades da produção.
 Esta intervenção materializa-se por meio da oferta de serviços básicos, como concessão de crédito aos desempregados e trabalhadores autônomos, melhoria da qualidade da mão-de-obra por meio do treinamento e da recolocação do desempregado utilizando a intermediação da mão-de-obra. Essas políticas ativas que, associando-se ao seguro-desemprego e a outras formas de assistência aos desempregados, atuam no sentido de promover a geração de emprego, elevar o nível de rendimentos e garantir melhor bem-estar aos trabalhadores em geral.

Passiva: Antecipação da Aposentadoria especialmente no hemisfério Norte, seguro Desemprego.

Ativa: programa de qualificação mão de obra cujo proposito é adequar à oferta de trabalho disponível as novas necessidades da produção.

O objetivo das políticas ativas está voltado especificamente para melhorar o acesso do desempregado ao mercado de trabalho. Há vários instrumentos de políticas de mercado de trabalho que podem ser classificadas dentro deste modelo. Exemplos:
Intermediação de mão de obra;
• Assistência ao desempregado;
• Assessoria a empregadores;
• Banco de empregos;
• Estatísticas sobre mercado de trabalho.
As políticas passivas compreendem majoritariamente transferências
monetárias para os trabalhadores desempregados e não aumentam necessariamente a empregabilidade do trabalhador. Exemplos:
1. Seguro-Desemprego;
2. Qualquer outro tipo de transferência de renda aos trabalhadores desempregados ou em risco de perda de emprego;
3. Aposentadoria precoce;
4. Extensão do ciclo escolar;
5. Expulsão de imigrantes.

4 – Pesquise no site do IBGE informações para traçar o perfil do mercado de trabalho brasileiro a partir dos seguintes aspectos (utilize os dados mais recentes que você encontrar): IPEA, PIA, População ocupada e População desocupada: por gênero, sexo; e para a região sul.
R: PEA - população economicamente ativa
PEI - população economicamente inativas - trabalham na informalidade, sem carteira registrada, sem 13°, férias, etc.
PIA - população em idade ativa
Foram encontradas em alguns sites pesquisados, conforme referenciado nas tabelas, seguidos de comparações ou comentários feitos por mim, a seguir:






5 – Avalie o Programa Bolsa Família em termos: (i) de sua proposta; (ii) ação; e (iii) resultados.
R: Proposta - é uma medida estratégica da Fome Zero
Ação - assegurar o benefício, independente da mudança de governo mediante comprometimento da família - cumprir vacinação de criança de 0 a 6, agenda pré-natal, r e fiscalizaçao do órgão competente - pobreza e extrema pobreza.
Resultados - atinge cerca de 11,1 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros, segunda dados da apostila do curso (SANTOS, 2009, pág 104-5) e bem focalizados por atender famílias que dele necessitam e atendem os critérios da lei.
pela Constituição Federal de 1988, artigo 194  sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a partir de 2004 com o objetivo de beneficiar famílias em situação de pobreza, com renda mensal por pessoa de R$60,01 a R$120,00 e extrema pobreza, com renda menssal por pessoa de até R$60,00, como apoio e também garantir acesso aos serviços sociais básicos. Para isso, o Governo Federal transfere renda direto para as famílias, sendo o saque feito mensalmente, além de promover o acesso à saúde, educação e assistência social.
É uma medida de distribuição de renda com a estratégia da Fome Zero. A fome zero é coordenada pela Presidência da República e envolve ações de diversos outros Ministérios. O programa Bolsa Família é assegurado pela Constituição Federal independente de governantes entre outras ações que poderiam cercear esse direito. A Fome Zero foi implementado através do Bolsa Família, pela lei 10.836, de janeiro de 2004 e no Decreto n. 5209 de setembro de 2004. A partir de 2009 (decreto 6.917) o pagamento dos benefícios desse programa às famílias com os parâmetros de renda acima citados, devem estar condicionadas às seguintes condições:educação, frequência escolar mínima de 85% para crianas e adolescentes entre 6 e 15 anos e 75% para os de 16 e 17 anos; saúde, que é o acompanhamento do calendário de vacinas para menores de 7 anos, fazer o pré-natal para gestantes e acompanhamento para nutrizes na faixa de 14 até 44 anos e assistência social na frequência de 85% ema programas sociais para crianças e adolescentes de até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil.
Cabe a cada Secretaria Municipal de Saúde de cada município, nomear um órgão responsável para implantar e monitorar semestralmente as famílias inseridas no programa. A equipe responsável é treinada para preencher um formulário, enviar ao MS via internet, com prazos entre outras exigências que constam em um manual do próprio Ministério, com as respectivas instruções.
Quanto aos objetivos propostos erradicar a fome entre os mais necessitados, dar acesso aos serviços de saúde, melhorar a distribuição de renda, acredito que está sendo cumprido. Acho apropriada a condicionalidade quanto à escolaridade e atenção à própria saúde. É um programa que muitas vezes parece de um paternalismo extremo, mas acredito que é um começo para melhorar as condições de vida dos mais necessitados. É preciso um monitoramento constante e exigência na escolaridade, falta um processo de resgate e conscientização de valores, de capacitação e inserção no mercado de trabalho. Nesse mesmo sentido, em se tratando dos princípios de justiça por mérito ou necessidade, da maneira que a lei foi elaborada, se for executada como tal, esses princípios estão dentro do que acredito ser realmente justo.
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6 – A partir da Constituição Federal de 1988, a Assistência Social tornou-se uma política de Estado. O que isto significa e qual é a importância da implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no País?
A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, instituído pela Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, é definida como Política de Seguridade Social, compondo o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e Previdência Social, com caráter de Política Social articulada a outras políticas do campo social. A Assistência Social, diferentemente da previdência social, não é contributiva, ou seja, deve atender a todos os cidadãos que dela necessitarem. Realiza-se a partir de ações integradas entre a iniciativa pública, privada e da sociedade civil, tendo por objetivo garantir a proteção social à família, à infância, à adolescência, à velhice; amparo a crianças e adolescentes carentes; à promoção da integração ao mercado de trabalho e à reabilitação e promoção de integração à comunidade para as pessoas com deficiência e o pagamento de benefícios aos idosos e as pessoas com deficiência.
Em 2005, é instituído o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. Consolida o modo de gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a proteção social não contributiva de seguridade social no campo da assistência social. Em 6 de julho de 2011, a Lei 12.435 é sancionada, garantindo a continuidade do SUAS.
O Sistena organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos. O SUAS engloba também a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma articulada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. Também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social e concedendo certificação a entidades beneficentes, quando é o caso. A gestão das ações e a aplicação de recursos do Suas são negociadas e pactuadas nas Comissões Intergestores Bipartite (CIBs) e na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Esses procedimentos são acompanhados e aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e seus pares locais (Conselhos Estaduais e Municipais), que desempenham o controle social.

7 – Por que o acesso ao trabalho digno, bem remunerado e vinculado a benefícios de proteção social é cada vez mais raro no mundo contemporâneo, principalmente no Brasil?
Primeiramente é preciso definir o conceito de um trabalho digno para em seguida sabermos porque é cada vez mais raro no mundo contemporâneo e principalmente no Brasil. Já no início da questão 1 há uma explicação do que é um trabalho digno, começando pela remuneração adequada e acesso aos benefícios sociais. Na verificação do conceito de trabalho digno, a Organização Internacional do Trabalho - a OIT desenvolveu o conceito de trabalho decente com o intento de capturar a convergência das distintas dimensões que conformam um bom trabalho: emprego de qualidade – que respeite os direitos fundamentais no trabalho, com adequado nível de proteção social; e direito à representação e à participação em processos de diálogo social. Dessa forma, qualquer deficiência em alguma dessas dimensões conduz, em menor ou maior grau, a um déficit de trabalho decente. São também observados em outros conceitos as aspirações do ser humano no domínio profissional, abrangendo  vários elementos como: oportunidades para realizar um trabalho produtivo com uma remuneração equitativa; segurança no local de trabalho e protecção social para as famílias; melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal e integração social; liberdade para expressar as suas preocupações; organização e participação nas decisões que afectam as suas vidas; e igualdade de oportunidades e de tratamento para todas as mulheres e homens. Em se tratando de crescimento e desemprego, em 2009 (jan/jul) o Brasil teve uma taxa de crescimento de 44,10% e uma taxa de desemprego de 8,0% enquanto que em 2001, nesse mesmo período teve uma taxa de crescimento de 20,60% e a taxa de desemprego foi também menor de 6%. Em 2002 um crescimento de 33,20% e desemprego de 11,9% ; em 2003 um crescimento baixíssimo de 7,40% e o desemprego de 12,8%) (Fonte: SIAFI, IBGE. Elaboração: Mansueto Almeida, pesquisa feita em 25.01.2013) Então, dá para verificar que o crescimento econômico não sugere mais ofertas de trabalho, ou que esse crescimento é desordenado em relação ao emprego. Assim,  em se tratando de trabalho digno, escasso principalmente no Brasil, acredita-se que alguns fatores levam a esse índice: primeiro, políticas governamentais mais voltadas ao social em parceria com a oferta de mercado  de trabalho e empresas, investir em educação e capacitação, melhorando o ensino no país; apresentar outras ofertas de trabalho dentro de um processo educativo crescente, equilibrar melhor o crescimento econômico com a taxa de empregos, melhor distribuição de renda vinculada a empregos e educação, outras fontes de trabalho frente à globalização, sindicatos mais presentes, políticas econômicas de governo com maior justiça social e acesso aos trabalhadores e aos serviços sociais que estes têm direito. Bem,  em resposta ao questionamento feito, a relação dos fatores descritos acima, apontam por que o trabalho digno está rareando no Brasil, o que foi descrito acima, falta no Brasil.
Este novo paradigma de produção faz emergir o tema da flexibilização das relações de trabalho. Para os críticos, esta proposta implica num trabalho sem proteção social e/ou com salários muito baixos. Dessa forma os trabalhadores partem para a informalidade, muitos sequer contribuem com o INSS, ficando desprovidos de qualquer tipo de proteção social.



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