quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Materia ABNT - Pesquisa


Pesquisa
CONCEITO A pesquisa pode ser definida como atividade científica por meio da qual se revelam aspectos da realidade. De acordo com Gil (2010, p. 1) pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Assim, a pesquisa, é desenvolvida através de métodos e técnicas de investigação científica, objetivando solucionar os problemas propostos na pesquisa. Para Ander-Egg (1978, p.28 citado por LAKATOS; MARCONI, 2010, p.139), a pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. Ainda conforme Lakatos e Marconi (2001, p.43), “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. Para a realização de uma pesquisa é necessário confrontar os dados, as informações coletadas e conhecimento teórico sobre determinado assunto. O êxito da pesquisa depende do pesquisador, de sua curiosidade, criatividade, atitude autocorretiva, sensibilidade social, perseverança, paciência, confiança, dentre outros aspectos (GIL, 2002). No entanto, para a realização da pesquisa, é necessário a elaboração de um projeto de pesquisa que tem como objetivo mapear, de forma sistemática, como realizar a pesquisa, ou seja, o caminho a ser percorrido durante a pesquisa, a fim de que as ações sejam planejadas, evitando assim, que se perca tempo realizando ações desnecessárias para o êxito da pesquisa. Segundo Lakatos e Marconi (2010, p.139) o desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende seis passos:“1- Seleção do tópico ou problema para investigação; 2- definição e diferenciação do problema; 3- levantamento de hipóteses de trabalho; 4- coleta, sistematização e classificação dos dados; 5- análise e interpretação dos dados e 6- relatório do resultado da pesquisa”.
Site:UTFPR - Servidor de Cursos UAB
Curso:(Turma 2) Normas ABNT-UTFPR e Estruturação de um Trabalho Científico
Livro:Pesquisa
Impresso por:Silmara Yurksaityte Mendez
Data:quarta, 30 janeiro 2013, 14:13
1 PESQUISA
1.1 CONCEITO
A pesquisa pode ser definida como atividade científica por meio da qual se revelam aspectos da realidade. De acordo com Gil (2010, p. 1) pesquisa é o “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Assim, a pesquisa, é desenvolvida através de métodos e técnicas de investigação científica, objetivando solucionar os problemas propostos na pesquisa. Para Ander-Egg (1978, p.28 citado por LAKATOS; MARCONI, 2010, p.139), a pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento”. Ainda conforme Lakatos e Marconi (2001, p.43), “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
Para a realização de uma pesquisa é necessário confrontar os dados, as informações coletadas e conhecimento teórico sobre determinado assunto. O êxito da pesquisa depende do pesquisador, de sua curiosidade, criatividade, atitude autocorretiva, sensibilidade social, perseverança, paciência, confiança, dentre outros aspectos (GIL, 2002).
No entanto, para a realização da pesquisa, é necessário a elaboração de um projeto de pesquisa que tem como objetivo mapear, de forma sistemática, como realizar a pesquisa, ou seja, o caminho a ser percorrido durante a pesquisa, a fim de que as ações sejam planejadas, evitando assim, que se perca tempo realizando ações desnecessárias para o êxito da pesquisa.
Segundo Lakatos e Marconi (2010, p.139) o desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende seis passos:“1- Seleção do tópico ou problema para investigação; 2- definição e diferenciação do problema; 3- levantamento de hipóteses de trabalho; 4- coleta, sistematização e classificação dos dados; 5- análise e interpretação dos dados e 6- relatório do resultado da pesquisa”.

1.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS
As pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Buscando uma classificação que seja coerente, é necessário definir previamente o critério adotado para a classificação.
Segundo Gil (2010) “é possível estabelecer múltiplos sistemas de classificação e defini-las segundo a área do conhecimento, a finalidade, o nível de explicação e os métodos adotados”.

1.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS SEGUNDO A ÁREA DO CONHECIMENTO
Segundo a área do conhecimento de acordo com o CNPq citado por Gil (2010, p.26) “as pesquisas são classificadas em sete grandes áreas: 1. Ciências Exatas e da Terra; 2. Ciências Biológicas; 3. Engenharias; 4. Ciências da Saúde; 5. Ciências Agrárias; 6. Ciências Sociais Aplicadas; e 7. Ciências Humanas.
 Cada uma dessas áreas, por sua vez, é subdividida em subáreas, que são estabelecidas em função dos objetos de estudos e dos procedimentos metodológicos.

1.4 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS SEGUNDO SUA FINALIDADE OU NATUREZA
Segundo Gil (2010, p.26), “uma das maneiras mais tradicionais de classificação das pesquisas é a que estabelece duas grandes categorias, denominadas de pesquisa básica e pesquisa aplicada”.
Pesquisa Básica: reúne estudos que tem como propósito preencher uma lacuna no conhecimento. Ou seja, objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
Pesquisa Aplicada: abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem. Ou seja, objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
 Em decorrência da ampliação da quantidade de pesquisas, tanto básicas quanto aplicadas, vem surgindo novos sistemas de classificação. Um desses sistemas é proposto pela Adelaide University (2008) citado por Gil (2010, p.26), que define em:
Pesquisa básica pura: pesquisas destinadas unicamente à ampliação do conhecimento, sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios.
Pesquisa básica estratégica: pesquisas voltadas à aquisição de novos conhecimentos a amplas áreas com vistas à solução de reconhecidos problemas práticos.
Pesquisa aplicada. Pesquisas voltadas à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação específica.
Desenvolvimento experimental. Trabalho sistemático, que utiliza conhecimentos derivados da pesquisa ou experiência prática com vistas à produção de novos materiais, equipamentos, políticas e comportamentos, ou à instalação ou melhoria de novos sistemas de serviços.

1.5 CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS SEUS OBJETIVOS
Toda pesquisa tem seus propósitos, naturalmente seus objetivos tendem a ser diferentes dos objetivos de qualquer outra pesquisa. De acordo com Gil (2010, p.27) em relação aos objetivos mais gerais as pesquisas classificam-se em: pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema estudado, a fim de torná-lo explícito ou a construir hipóteses; tendo, portanto, como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou descobertas. Envolve levantamento bibliográfico, estudo de caso, “entrevistas com pessoas que possuem experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão” (SELLTIZ et al., 1967, p.63 apud GIL, 2002). Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso.
Pesquisa Descritiva: objetiva descrever as características de determinada situação, população, podendo ser utilizada para identificar relações entre variáveis. Assume, em geral, a forma de pesquisa Etnográfica e Levantamento. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.
Pesquisa Explicativa: visa a identificação de fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Dessa forma, estuda e descreve características ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade estudada. Esse tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o “porquê” das coisas. Sendo assim, é complexa e delicada, visto que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Quando realizada em pesquisas na área das ciências sociais, requer o uso do método observacional e em pesquisas na área de ciências naturais requer o uso do método experimental. Utiliza-se de técnicas padronizadas para coleta de dados, como questionário e observação. Assume a forma de pesquisa experimental e ou quase experimental. (Gil, 2002).

1.6 QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS OU MÉTODOS EMPREGADOS
Segundo Gil (2010, p.28) “para avaliar a qualidade dos resultados de uma pesquisa, torna-se necessário saber como os dados foram obtidos, bem como os procedimentos adotados em sua análise e interpretação”. Justifica-se então o surgimento de sistemas que classificam as pesquisas segundo a natureza dos dados em pesquisa quantitativa e qualitativa, em relação ao ambiente em que estes dados foram coletados em pesquisa de campo ou de laboratório, em relação ao grau de controle das variáveis em pesquisa experimental e não experimental, etc.
 A seguir apresenta-se uma síntese de cada um dos tipos de pesquisas, segundo seus procedimentos técnicos, extraídos de Gil (2010).
Pesquisa Bibliográfica: é elaborada a partir de toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com artigos e periódicos disponibilizados na Internet.
Pesquisa Documental: Quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. A análise documental difere-se da pesquisa bibliográfica devido a natureza das fontes. Os documentos são fontes ricas e estáveis de dados, não exigindo o contato com os sujeitos da pesquisa. Dessa forma, consideram-se documentos, relatórios de pesquisa, tabelas estatísticas, autobiografias, regulamentos, leis, documentos cartoriais, normas, pareceres, cartas, memorandos, diários pessoais, etc.
Pesquisa Experimental: descreve o que ocorrerá ou poderá ocorrer através de experimentos. Nessa pesquisa, determina-se um objeto de estudo, verifica- se e selecionam-se as variáveis, define-se as formas de controle e observa-se os efeitos produzidos pela variável no objeto. O pesquisador é agente ativo durante a pesquisa.
Levantamento: As informações são obtidas com um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado através de interrogação direta às pessoas (exemplo: levantamento de dados através de questionários). Após a coleta das informações, faz-se uma análise quantitativa dos dados para a obtenção dos resultados.
Estudo de caso: é o estudo de um caso, seja simples ou específico. Deve ser bem delimitado, com contornos claros e definido. O estudo de caso pode ser similar a outros, porém, é ao mesmo tempo distinto, pois possui como foco interesses próprios e singulares. Visa à descoberta, enfatiza a interpretação em contexto, retrata a realidade de forma completa e profunda, usa uma variedade de fontes de informação, representa os diferentes ou conflitantes pontos de vista presentes numa situação social e deve apresentar linguagem e forma acessível.
Pesquisa de campo: assemelha-se ao levantamento, no entanto, apresenta maior aprofundamento das questões propostas. Essa pesquisa estuda um único grupo ou comunidade, ressaltando a interação dos participantes. Dessa forma, exige maior flexibilidade e utiliza-se de técnicas de observação. O pesquisador tem experiência direta com a situação estudada, devendo permanecer o maior tempo possível na comunidade, a fim de entender as regras e costumes que regem o grupo estudado.
Pesquisa Ex-Post-Facto: o “experimento” é realizado depois dos fatos. São tomadas situações que se desenvolveram naturalmente, trabalhando nelas como se estivessem submetidas a controle. Seus estudos envolvem a sociedade global, em que são investigados determinantes econômicos e sociais.
Exemplo: existem duas cidades, aproximadamente com o mesmo tamanho, tendo características sócio-culturais parecidas e com o mesmo tempo de fundação. Numa delas instala-se um fábrica e as mudanças dessa cidade são atribuídas a esse fato, pois a fábrica é o único fator relevante a ser observado.
Pesquisa-ação: requer o envolvimento ativo do pesquisador e ação por parte dos grupos envolvidos na pesquisa de modo cooperativo ou participativo. Essa pesquisa é vista, muitas vezes, como desprovida da objetividade que deve caracterizar os procedimentos científicos. No entanto, é considerada muito útil nas pesquisas identificadas por ideologias “reformistas” e “participativas”.
Pesquisa Participante: consiste na participação, interação real do pesquisador com a comunidade ou grupo investigado. A pesquisa pode acontecer de duas formas: natural, em que o pesquisador pertence à mesma comunidade ou grupo investigado, e artificial, em que o pesquisador integra-se ao grupo com a finalidade de obter informações.
Ensaio Clínico: Constitui um tipo de pesquisa em que o investigador aplica um tratamento denominado de intervenção. Com o objetivo principal o de responder questões referentes à eficácia de novas drogas ou tratamentos, São estudos de caráter experimental ou quase experimental, realizados com pessoas voluntárias.
Estudo de Corte: Visa estudar um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo. Para observar e analisar o que acontece com elas.
Estudo Caso-controle: São estudos ex-post-facto, ou seja, feitos de trás pra frente, depois que os fatos ocorrem. Em síntese: partem do consequente (a doença) para o antecedente (a exposição ao fator de risco). Neste estudo o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu. O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controle.

1.7 QUANTO À FORMA DE ABORDAGEM OU NATUREZA DOS DADOS

Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, traduzindo em números opiniões e informações para dessa forma, classificá-los e analisá-los. Utiliza recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, desvio padrão, moda, média, etc.). O tema pesquisado é claro e familiar.
Pesquisa Qualitativa: A pesquisa qualitativa não pode ser traduzida em números. A interpretação dos fenômenos, dos dados coletados (textos reais, escritos ou orais, não verbais) e a atribuição de significados são elementos básicos. Não se utiliza métodos e técnicas estatísticos e o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados. A pesquisa qualitativa é descritiva, podendo descrever pessoas, situações, acontecimentos, transcrições de entrevistas e acontecimentos, fotografias, desenhos, documentos etc; sendo assim, o pesquisador é o instrumento chave para a pesquisa, tendendo a analisar seus dados indutivamente. Na pesquisa qualitativa o processo e seu significado são os focos principais. O tema não é familiar, exigindo flexibilidade para lidar com o inesperado. A pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos que são obtidos através do contato direto do pesquisador com a situação estudada, através de pesquisa exploratória, enfatizando mais o processo do que o produto e preocupando-se em retratar a perspectiva dos participantes.

1.8 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Tema: na sua escolha, o acadêmico, o pós-graduando ou o pesquisador deve dimensionar o interesse que tem pelo assunto; avaliar se possui qualificação (intelectual) para submetê-lo a uma investigação; verificar se existe bibliografia especializada suficiente para sua fundamentação. O tema deverá indicar, sob forma de enunciado, os aspectos que serão investigados na pesquisa.
Delimitação do tema e formulação do problema: delimitar é indicar a abrangência do estudo, ou seja, é estabelecer os limites extensionais e conceituais do tema em questão. Enquanto princípio de logicidade, é importante salientar que, quanto maior a extensão conceitual, menor a compreensão conceitual e, inversamente, quanto menor a extensão conceitual, maior a compreensão conceitual. Para que fique clara e precisa a extensão conceitual do assunto, é importante situá-lo em sua respectiva área de conhecimento, possibilitando, assim, que se visualize a especificidade do objeto no contexto de sua área temática. Delimitado o tema, o passo seguinte é a sua problematização. Gil (2002) aponta cinco “regras” para a adequada formulação do problema. São elas: a) o problema deve ser formulado como uma pergunta; b) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável; c) o problema deve ter clareza; d) o problema deve ser preciso; e) o problema deve apresentar referências empíricas. As regras não são absolutamente rígidas e devem ser moldadas à especificidade do problema. É importante, também, lembrar que cada orientador possui uma forma própria de problematizar as questões de pesquisa.
Justificativa: a justificativa situa a importância do estudo e os porquês da realização da pesquisa. O texto da justificativa, em geral, deve apresentar os motivos que levaram à investigação do problema e endereçar a discussão à relevância teórica e prática, social e científica do assunto.
Objetivos: os objetivos indicam as ações que serão desenvolvidas para a resolução do problema de pesquisa. O objetivo geral é apresentado na forma de um enunciado que reúne, ao mesmo tempo, todos os objetivos específicos. Os objetivos específicos informam sobre as ações particulares que dizem respeito à análise teórica e aos meios técnicos de investigação do problema.
Hipótese(s): consiste em apresentar um ou mais enunciados, sob forma de sentença declarativa e que resolve (em) provisoriamente o problema. A pesquisa tratará de buscar respostas que refutam ou corroboram as suposições que forem apresentadas. Dependendo da natureza do problema e da forma de o orientador trabalhar, este item pode ser opcional.
Definição dos conceitos operacionais: consiste em apresentar o significado que os termos do problema assumem na pesquisa. Através das definições, diz Köche (2001), [...]“é possível estabelecer os indicadores que podem ser utilizados para categorizar as variáveis”. É importante salientar que não será possível estabelecer instrumentos e procedimentos para coleta de dados, se os indicadores das variáveis não estiverem previamente definidos.

1.9 REFERENCIAL TEÓRICO OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O referencial teórico também pode ser chamado de revisão de literatura, pressupostos teóricos, revisão bibliográfica, marco teórico, etc. Esta etapa do projeto da pesquisa é importante, porque apresenta uma breve discussão teórica do problema, na perspectiva de fundamentá-lo nas teorias existentes. As ideias apresentadas no texto devem estar organicamente ligadas com os objetivos, hipóteses, definição conceitual e operacional das variáveis e outras partes do projeto de pesquisa. A fundamentação teórica apresentada deve, ainda, servir de base para a análise e interpretação dos dados coletados na fase de elaboração do relatório final da pesquisa. Os dados apresentados devem, necessariamente, ser interpretados à luz das teorias existentes.
Para Silva e Menezes (2001, p.30), nesta fase o pesquisador deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto? Que aspectos já foram abordados? Quais as lacunas existentes na literatura?
A fundamentação é a base de sustentação teórica da pesquisa pode ser uma revisão teórica, empírica ou histórica.

1.10 DELINEAMENTO DA PESQUISA
O delineamento da pesquisa, segundo Gil (2002), “refere-se ao planejamento da mesma em sua dimensão mais ampla”, ou seja, neste momento o investigador estabelece os meios técnicos da investigação prevendo-se os instrumentos e procedimentos necessários utilizados para a coleta de dados. O delineamento da pesquisa, em geral, apresenta os seguintes elementos:
Tipo de pesquisa: consiste em informar qual o desenho que a pesquisa terá, ou seja, se a pesquisa será bibliográfica, ou descritiva, ou experimental, ou estudo de caso, ou documental, etc. É necessário, então, que o investigador justifique o tipo de pesquisa que escolheu e apresente, de imediato, seu conceito;
População/amostra: indica se a pesquisa vai abranger o universo populacional da realidade pesquisada ou se apenas uma amostra. No caso de se optar por uma ou por outra, é necessário informar os procedimentos e/ou critérios adotados para a sua execução. Informam-se também, características gerais da população a ser investigada (cidade, município, bairro);
Instrumentos utilizados para coleta de dados: consistem em indicar o tipo de instrumento utilizado para registro dos dados que serão coletados. No caso de questionários ou entrevistas deve se apresentar o modelo em anexo;
Procedimentos utilizados na coleta de dados: informam-se as operações que serão executadas no momento da coleta de dados;
Procedimentos para análise e interpretação de dados: indicam-se os recursos que serão utilizados para a análise dos dados. Se forem estatísticos, devem ser informados os tipos de gráficos, quadros ou tabelas;
Cronograma: previsão das atividades e, respectivamente, período (dia ou mês) de execução;
Referências: relação das obras utilizadas para a fundamentação do problema de pesquisa. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR – 6023 de agosto de 2002), deverá ser consultada para que os elementos que identificam a referência (livros, periódicos, etc.) sejam apresentados corretamente.

1.11 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Informação e documentação – Referências - Elaboração . Rio de Janeiro, Ago 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
______. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KÖCHE, J. C. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 19.ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
______. Fundamentos de Metodologia científica. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. rev. atual. - Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFS


Nenhum comentário: