1 - Eram muitos os problemas
socioeconômicos que, em proporções diferentes, atingiam o governo e a sociedade
dos países que se haviam envolvido na Primeira Guerra Mundial. Havia a
necessidade de reconstruir obras públicas (edifícios, estradas, pontes etc.),
restabelecer a produção industrial, criar empregos e pagar dívidas de guerra
(contraídas, principalmente, com os Estados Unidos). A crise contribuiu ainda
para agravar os conflitos entre as classes sociais, tornando-os mais profundos
e explosivos. A democracia liberal, em várias partes do mundo, mostrou-se
incapaz de administrar os graves problemas da época. Preocupadas, as elites
mostraram-se, então, favoráveis à formação de governos fortes e autoritários,
capazes de impor disciplina social para recompor a ordem capitalista. Essas
idéias políticas levaram o recuo das democracias liberais, abrindo espaço para
o avanço dos regimes totalitários, nos quais o governo forte controla os
diversos setores da vida social: os meios de comunicação, os órgãos de segurança,
os sindicatos dos trabalhadores etc., além disso, prega o fim da democracia
liberal e a eliminação das oposições por meio de uma propaganda agressiva ou
até da violência física. A linha política do estado é determinada por um
partido único.”
(Fonte: COTRIN, Gilberto.
História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2002. p.437)
A leitura do texto, permite
concluir que:
Escolher uma resposta.
A. o liberalismo econômico foi preservado como
única solução para os problemas gerados pela crise, uma vez que a intervenção
do Estado poderia agravá-los ainda mais.
B. os regimes
totalitários surgiram como consequência da incapacidade dos governos liberais
em encontrar soluções para a grave crise econômica vivida pelos países
europeus.
C. a situação econômica do pós-guerra não era
tão profunda como os governantes alardeavam, podendo ser resolvida com algumas
medidas de cunho social.
D. a crise de 1929 não alterou as relações
entre as diversas classes sociais, pelo contrário, serviu para uni-las ainda
mais, sendo uma solução para as dificuldades econômicas vivida pelos
europeus.
2- Considerando a leitura feita
em Coelho (2009, p. 46) responda, dissertando (em no máximo 10 linhas) sobre o
que se entende por mais valia e sua aplicação à lógica capitalista na visão de
Marx.
Resposta:
Karl Marx
foi o um pensador econômico que criticava a dinâmica do capitalista.
Escreveu
um tratado sobre os economistas, que foi publicado como Teoria da Mais-Valia e,
posteriormente, incorporado à grande obra O Capital, obra mais importante do
autor. A teoria maxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma:
suponhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados.
Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele
permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e
recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8 horas,
por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o
mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele
trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros
do patrão. Esse valor a mais (mais-valia) é apropriado pelo capitalista e
constitui o que Karl Marx chama de "Mais-Valia Absoluta". Além do
operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a
produtividade com a aplicação de tecnologia. Dessa forma, o funcionário produz
ainda mais. Porém o seu salário não aumenta na mesma proporção. Surge assim, a
"Mais-Valia Relativa". Com esse conceito Marx define a exploração
capitalista.
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