terça-feira, 18 de junho de 2013

Questionário 2 - Estado, Governo e Mercado

1 - Eram muitos os problemas socioeconômicos que, em proporções diferentes, atingiam o governo e a sociedade dos países que se haviam envolvido na Primeira Guerra Mundial. Havia a necessidade de reconstruir obras públicas (edifícios, estradas, pontes etc.), restabelecer a produção industrial, criar empregos e pagar dívidas de guerra (contraídas, principalmente, com os Estados Unidos). A crise contribuiu ainda para agravar os conflitos entre as classes sociais, tornando-os mais profundos e explosivos. A democracia liberal, em várias partes do mundo, mostrou-se incapaz de administrar os graves problemas da época. Preocupadas, as elites mostraram-se, então, favoráveis à formação de governos fortes e autoritários, capazes de impor disciplina social para recompor a ordem capitalista. Essas idéias políticas levaram o recuo das democracias liberais, abrindo espaço para o avanço dos regimes totalitários, nos quais o governo forte controla os diversos setores da vida social: os meios de comunicação, os órgãos de segurança, os sindicatos dos trabalhadores etc., além disso, prega o fim da democracia liberal e a eliminação das oposições por meio de uma propaganda agressiva ou até da violência física. A linha política do estado é determinada por um partido único.”

(Fonte: COTRIN, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2002. p.437)

A leitura do texto, permite concluir que:
Escolher uma resposta.
                 A. o liberalismo econômico foi preservado como única solução para os problemas gerados pela crise, uma vez que a intervenção do Estado poderia agravá-los ainda mais.     
                 B. os regimes totalitários surgiram como consequência da incapacidade dos governos liberais em encontrar soluções para a grave crise econômica vivida pelos países europeus.   
                 C. a situação econômica do pós-guerra não era tão profunda como os governantes alardeavam, podendo ser resolvida com algumas medidas de cunho social.           
                 D. a crise de 1929 não alterou as relações entre as diversas classes sociais, pelo contrário, serviu para uni-las ainda mais, sendo uma solução para as dificuldades econômicas vivida pelos europeus.            

2- Considerando a leitura feita em Coelho (2009, p. 46) responda, dissertando (em no máximo 10 linhas) sobre o que se entende por mais valia e sua aplicação à lógica capitalista na visão de Marx.
Resposta:
Karl Marx foi o um pensador econômico que criticava a dinâmica do capitalista.

Escreveu um tratado sobre os economistas, que foi publicado como Teoria da Mais-Valia e, posteriormente, incorporado à grande obra O Capital, obra mais importante do autor. A teoria maxista da mais-valia pode ser compreendida da seguinte forma: suponhamos que um funcionário leve 2 horas para fabricar um par de calçados. Nesse período ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho. Mas, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de calçados e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Em uma jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares de calçados. O custo de cada par continua o mesmo, assim também como o salário do proletário. Com isso, conclui-se que ele trabalha 6 horas de graça, reduzindo o custo do produto e aumentando os lucros do patrão. Esse valor a mais (mais-valia) é apropriado pelo capitalista e constitui o que Karl Marx chama de "Mais-Valia Absoluta". Além do operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a aplicação de tecnologia. Dessa forma, o funcionário produz ainda mais. Porém o seu salário não aumenta na mesma proporção. Surge assim, a "Mais-Valia Relativa". Com esse conceito Marx define a exploração capitalista.

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